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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Sobre o Projeto "Convivendo & Aprendendo"

INTRODUÇÃO


Espaço a ser disponibilizado pelo “Centro Social Mamãe Margarida”, na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, destinado a oferecer oportunidades de convivência e capacitação aos membros da própria comunidade e moradores da região, que poderão participar das atividades ali desenvolvidas por professores voluntários, que possibilitará não apenas o ganho quantitativo de conhecimento, mas também na qualificação da convivência entre os membros da comunidade.


OBJETIVO GERAL


Promover a alfabetização e o desenvolvimento intelectual do educando, utilizando como ferramenta a prática artesanal e a educação popular, como alternativa de geração de renda, resgate da autoestima contribuindo para uma melhor qualidade de vida.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Vivenciar a alfabetização com aqueles que não sabem ler e escrever; Aperfeiçoar o desenvolvimento dos que já possuem leitura e escrita aprofundando seus conhecimentos; Promover as trocas de saberes; Explorar o potencial criativo do educando, por meio do aprendizado prático e desenvolvimento de habilidades; Resgatar saberes culturais de cada educando como o artesanato, a culinária, contos, parábolas e histórias populares. Oportunizar autonomia de trabalho e renda na perspectiva da economia solidaria; .Elevar a autoestima do aluno, através das atividades supra citadas contribuindo com a melhoria de sua qualidade de vida; Realizar oficinas e cursos de artesanatos, corte costura, Economia Solidária, cozinha popular e fitoterapia popular, por meio da pedagogia da autogestão; Desenvolver no indivíduo a responsabilidade e o compromisso com suas atividades. Fomentar a importância de compreender, valorizar e utilizar as regras mínimas de boa convivência.


JUSTIFICATIVA


Ao realizarmos uma leitura sobre o ambiente da nossa comunidade, houve um diagnóstico no qual percebemos significativo número de pessoas necessitando capacitarem-se, retomando o processo de enriquecimento do conhecimento, ou se iniciando à luz da alfabetização. Percebemos também, que há ausência de cursos de aprendizagem permanente para este local, para que aconteça a inclusão, o respeito a diversidade, tolerância às diferenças de classes, sexo e idade, resgatar valores, princípios, e novas perspectivas de vida para o individuo, através do aumento da autoestima. Um grande número de idosos existentes em nossa região é outra demanda de público, apresentando dificuldades para retomarem seus estudos, historicamente a desvalorização dos idosos reflete valores distorcidos da sociedade contemporânea que valoriza o novo e descarta o velho tratado como obsoleto inútil e descartável. Quando resolvem retomar atividades interrompidas durante a estrada da vida enfrentam barreiras como o preconceito, o constrangimento, a intolerância e despreparo daqueles que deveriam acolhê-los e com eles aprender das coisas da vida. Respeitar o saber dos mais velhos e valorizar a experiência da ancestralidade, que possuem a prática da vida, enriquece as teorias abstratas. Por esta perspectiva, reconhecer os diferentes ritmos, diferentes tempos de aprendizagem, valorizar os saberes propiciando um espaço para o diálogo e troca, que são estratégias fundamentais para promover um processo educativo mais digno e respeitoso as raízes de nosso povo, bem como àqueles que, não sendo idosos, também compartilham com eles a exclusão, descriminação e constrangimento por não saber muita coisa do alfabeto, mesmo sendo professor na escola da vida.


METODOLOGIA


Neste contexto, a Educação Popular, referenciada em Paulo Freire, (FREIRE, 1987.), propõe uma metodologia baseada no diálogo, no trabalho e na valorização do saber popular, como o artesanato, a Alfabetização e o aprimoramento da leitura e escrita para pessoas a partir de 18 anos. A Economia Solidária é outra referência forte porque preconiza novas relações de trabalho e geração de renda, dentro de princípios e valores que respeitam a diversidade e valoriza o ser humano e suas relações entre si e com o meio ambiente, respeitando a diversidade de gênero, cor, classe social e idade, valorizando o saber popular e praticando a autogestão dentro dos processos educacionais. A pedagogia da autogestão também será estimulada no sentido de possibilitar aos educandos maior compromisso e envolvimento com o processo de construção pedagógica. Cursos e oficinas que promovam trabalhos manuais, como bordado, crochês, reciclagem, ponto cruz, vagonite, confecção de bolsas, fuxico, pathcolagem e outros, (uma vez na semana, no período vespertino, das 13h às 16h), nas terças-feiras, com a duração de dois meses cada curso, e também o corte e costura, com duração de três meses. A alfabetização e aperfeiçoamento da leitura e escrita será nas quartas-feiras, devendo ser curso permanente. Os professores colaboradores irão ministrar as aulas de forma voluntária, reafirmando o compromisso destes educadores com a caridade presente na referência do espírito de Cristo, nada mais pertinente posto que se realize em terra sagrada, a Igreja. Os recursos necessários para a realização dos cursos e oficinas serão pleiteados por doações, empréstimos e colaborações junto à comunidade e ao comércio do entorno, através da realização de bazar do material fabricado, parcerias com o setor público criando um fundo solidário, com o intuito de se adquirir materiais didáticos, ferramentas e maquinário necessários para a realização dos cursos, oficinas e seminários.


PÚBLICO ALVO


Aberto a comunidade em geral, moradores da cidade de Campo Grande, especialmente aqueles que residem nas proximidades da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


Acreditando no poder criador e transformador existente dentro de cada um de nós é que impulsionamos nossas forças na direção da caridade e auxílio a quem precisa, sabendo que o pouco que trazemos pode ser o tanto que falta ao próximo, conscientes e atentos para buscar no saber do outro o muito que nos falta.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. “Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão.”

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Lindo poema com a autoria da aluna Benedita Rodrigues de Lima, com o título: "O CHÃO"

"O CHÃO"

Deus me deu a inspiração,

para saber sobre o chão;

Do chão nós fomos tirados,

e nele fomos criados.

É dele que produzimos a alimentação,

para alimentar a população.

É do chão que foi tirado as telhas e os tijolos

para construir as cidades;

É do chão que brota a água

onde fomos batizados.

É no chão que pisamos e andamos,

para todos os lados;

É do chão que tiramos o ouro e o diamante,

que enriquece a nação.

Quando eu morrer, é no chão que vou ser enterrada;

E para as minhas amigas,

deixo o meu muito obrigado!





Autora: Benedita Rodrigues de Lima



( Aluna do Centro Social Mamãe Margarida )